Há uma relação direta entre a capacidade de gerar um ou mais blastocistos e o aumento da probabilidade de ter um filho/FILHA. Entretanto, há um limite para essa relação direta.
LA capacidade de gerar blastocistos (embriões do 5º ao 6º dia de desenvolvimento) depende de vários fatores associados à saúde e à idade da mulher em particular. Ela também depende muito da qualidade do laboratório onde a cultura de embriões é realizada. Se uma mulher gerar mais de um blastocisto, várias possibilidades se abrem, a mais importante delas é poder congelar um ou mais e transferi-los no futuro. Dessa forma, sua chance de se tornar mãe será a soma da probabilidade da transferência fresca mais a transferência dos blastocistos vitrificados ou congelados. Essa é a chamada probabilidade cumulativa mencionada no capítulo 7 sobre congelamento de embriões. Entretanto, além de aumentar a probabilidade cumulativa, a chance de ter um filho com uma transferência de blastocisto fresco aumenta se a mulher tiver conseguido congelar um, dois ou três blastocistos adicionais. Como visto nas Figuras 16, 17 e 18, a probabilidade de um parto a fresco é significativamente maior se a mulher conseguir congelar pelo menos um blastocisto adicional e continua a aumentar com dois e até três blastocistos adicionais congelados. Isso é compreensível porque, se uma mulher ou um casal consegue gerar vários blastocistos, é porque eles tinham vários óvulos e porque são reprodutivamente mais eficientes do que as mulheres ou casais que conseguem desenvolver apenas um.
Figura 16. Taxa de parto a fresco na transferência de um blastocisto por idade da mulher e número de blastocistos vitrificados da mesma coorte.
Figura 17. Taxa de parto fresco na transferência de um blastocisto por idade da mulher e número de blastocistos vitrificados da mesma coorte.
Figura 18. Taxa de parto fresco na transferência de um blastocisto por idade da mulher e número de blastocistos vitrificados da mesma coorte.
O Registro Latinoamericano de Reproducción Asistida (RLA) agradece às 204 instituições acreditadas pela REDLARA que, ano após ano, informam seus dados ao RLA.
Essa contribuição voluntária e rigorosa possibilita a geração de um poderoso banco de dados que ajuda médicos e pacientes a tomar decisões com base nas melhores evidências regionais existentes.
Esse portal educacional é o resultado de uma atividade colaborativa entre a Red Latinoamericana de Reproducción Asistida (REDLARA) e a Universidade Diego Portales do Chile, que possibilita vincular os avanços da ciência e da tecnologia reprodutiva com as necessidades das pessoas que sofrem de infertilidade e outras formas de disfunção reprodutiva.
Agradecemos ao Dr. Ariel Ahumada e ao Dr. Gustavo Martínez, da Argentina, por sua colaboração: Imagens e vídeos de fertilização in vitro espontânea, ICSI e PGT.
Ao Dr. Roger Molinas, do Paraguai, por: Vídeos de aspiração folicular e transferência de embriões
Dr. Javier Crosby, do Chile, para: Imagens de diferentes estágios do desenvolvimento embrionário in vitro
Dr. Yasuyuki Mio, do Japão, por seu vídeo do desenvolvimento embrionário in vivo.
Agradecimentos especiais são devidos à indústria que fornece o apoio financeiro tão necessário para manter o Registro Latinoamericano como a espinha dorsal dessa cooperação internacional que hoje inclui 16 países e mais de 200 instituições colaboradoras, do México, no norte, ao Chile, no extremo sul.
