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Diagnóstico genético pré-implantacional e saúde do recém-nascido

O Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGT) permite, por meio de um microscópio especial, extrair uma ou mais células do embrião no estágio de blastocisto e realizar estudos cromossômicos e genéticos para identificar erros, seja no número de cromossomos que levam a doenças como a Síndrome de Down ou outras que causam a morte embrionária.

Alterações em genes específicos que causam doenças como a doença fibrocística, muitas das quais são hereditárias, também podem ser identificadas. O diagnóstico genético permite, então, selecionar embriões saudáveis entre aqueles que são portadores de doenças.

Posso ter certeza de que meu filho ou filha  não terá uma doença cromossômica ou genética ao nascer?

Com a tecnologia atual, não é possível garantir que uma pessoa nascerá livre de doenças genéticas. Atualmente, é possível realizar estudos cromossômicos e genéticos em embriões no estágio de blastocisto (5 ou 6 dias de desenvolvimento); isso é chamado de PGT (teste genético pré-implantação). Para isso, aproximadamente cinco células são removidas do embrião da porção do tecido embrionário que dará origem à placenta. Também pode ser feito por meio da extração de uma amostra de fluido da cavidade interna do blastocisto. Depois que o blastocisto é biopsiado, ele é congelado enquanto se aguarda os resultados do estudo cromossômico/genético, que leva aproximadamente 15 dias. Depois que os embriões normais forem identificados entre os portadores da doença, a mulher poderá tomar sua decisão terapêutica. Os estudos cromossômicos têm como objetivo avaliar as aneuploidias do PGT(a), ou seja, um distúrbio no número de cromossomos. Esse é o caso da síndrome de Down, na qual o embrião tem um excesso de cromossomo 21, ou da síndrome de Turner, na qual um cromossomo sexual (X) está ausente. Alterações na estrutura dos cromossomos PGT(sr) (translocação e inversão) também podem ser detectadas e estão frequentemente associadas a abortos espontâneos repetidos. Também podem ser detectadas alterações em genes PGT(m) específicos, que são transmitidas da mãe e do pai para a prole e dão origem a doenças familiares, como doença fibrocística, talassemia, atrofia muscular espinhal etc.

Na América Latina, o uso de TMPs está aumentando a cada ano, como pode ser visto na Figura 22.

Figura 22. Proporção de ciclos iniciados que realizam diagnóstico genético (PGT) em embriões antes da implantação por ano e idade da mulher. América Latina, 2016-2020

Como pode ser visto na Figura 23, a taxa de parto aumenta significativamente quando são transferidos os embriões com PGT. Da mesma forma, a taxa de aborto espontâneo diminui significativamente. A propósito, quando o PGT é realizado e não há embriões normais, não há transferência embrionária; portanto, somente os casos em que os embriões cromossomicamente normais foram transferidos são incluídos no grupo de mulheres com PGT.

Figura 23. Efeito do PGT nas taxas de parto e aborto. América Latina, 2020