A fertilização é uma sequência de eventos biológicos que permite que o material genético contido no espermatozoide seja incorporado ao interior do óvulo para constituir um novo indivíduo. Como pode ser visto na imagem à direita, o chamado “zigoto” corresponde ao óvulo que agora contém dois pacotes de cromossomos, os fornecidos pela mulher e pelo homem.
Há duas maneiras de se obter a fertilização in vitro: uma é espontânea, ou seja, possibilitando que o espermatozoide penetre no óvulo usando os mecanismos fornecidos pela natureza. Ou seja, o espermatozoide usa sua própria energia e motilidade para fazer contato direto com o óvulo.
O outro mecanismo é a ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides), na qual, sob visão microscópica, com uma micropipeta, um espermatozoide é injetado no interior do óvulo. A ICSI foi desenvolvida para condições em que o espermatozoide não consegue entrar por seus próprios mecanismos, mas a realidade é que, atualmente, a maioria dos procedimentos é ICSI, mesmo que não haja um fator masculino determinante.
Como pode ser visto na Figura 4, em cada faixa etária estudada, a probabilidade de gravidez e parto é igual com a FIV espontânea e com ICSI. Há centros que estão mais acostumados com uma técnica do que com a outra e, a menos que haja condições biológicas que impeçam a fertilização espontânea, não há motivo aparente para forçar uma técnica em detrimento da outra.
Figura 4: Comparação das taxas de gravidez e parto em FIV e ICSI