Em condições naturais, o encontro dos gametas masculino e feminino e a própria fertilização ocorrem na trompa de Falópio. Conforme mostrado na figura 5, o embrião viaja por 3 dias pela trompa até chegar à cavidade uterina, onde eclode, ou seja, emerge da zona pelúcida ou da membrana que o recobre e, idealmente, implanta-se no quinto dia de desenvolvimento ou no sexto dia em um estágio de desenvolvimento chamado blastocisto.
Desenvolvimento de um embrião humano observado com cinematografia contínua nos primeiros 5 dias de desenvolvimento. Das duas células até a eclosão (quinto a sexto dia), que corresponde ao blastocisto emergindo de sua cobertura externa, chamada Zona Pelúcida, para se implantar no endométrio, iniciando a gravidez.
Figura 5: Imagem esquemática da Trompa de Falópio, onde a fertilização ocorre em condições naturais.
Conforme mostrado na figura 6, não mais do que a metade dos óvulos fertilizados (no laboratório ou na trompa de Falópio) é capaz de atingir o estágio de blastocisto.Conforme mostrado na figura 6, não mais do que a metade dos óvulos fertilizados (no laboratório ou na trompa de Falópio) é capaz de atingir o estágio de blastocisto.
Figura 6. Mortalidade embrionária espontânea durante todo o desenvolvimento pré-implantação.
A probabilidade de engravidar é maior com a transferência de blastocisto do que com a transferência de embriões em desenvolvimento (dia 2 a 4 de desenvolvimento), que podem morrer espontaneamente antes de atingir o estágio de blastocisto; mas nem todas as mulheres conseguem gerar embriões que atingem o estágio de blastocisto.
Conforme mostrado na figura 7, se uma mulher transfere seletivamente um ou dois blastocistos de dia 5, as chances de gravidez são sempre maiores do que se forem transferidos embriões em terceiro dia de desenvolvimento.
Essa figura também nos mostra que dois blastocistos não devem ser transferidos juntos, pois a chance de ter gêmeos aumenta 30 vezes mais do que se apenas um blastocisto for transferido.
As condições laboratoriais necessárias para manter os embriões por 5 dias são mais exigentes do que as condições necessárias para manter os embriões por 2 ou 3 dias, portanto, é importante que cada centro decida o que é melhor para suas condições específicas.
Figura 7. Taxa de parto por transferência de embriões no dia 3 e no dia 5, América Latina, 2020
O Registro Latinoamericano de Reproducción Asistida (RLA) agradece às 204 instituições acreditadas pela REDLARA que, ano após ano, informam seus dados ao RLA.
Essa contribuição voluntária e rigorosa possibilita a geração de um poderoso banco de dados que ajuda médicos e pacientes a tomar decisões com base nas melhores evidências regionais existentes.
Esse portal educacional é o resultado de uma atividade colaborativa entre a Red Latinoamericana de Reproducción Asistida (REDLARA) e a Universidade Diego Portales do Chile, que possibilita vincular os avanços da ciência e da tecnologia reprodutiva com as necessidades das pessoas que sofrem de infertilidade e outras formas de disfunção reprodutiva.
Agradecemos ao Dr. Ariel Ahumada e ao Dr. Gustavo Martínez, da Argentina, por sua colaboração: Imagens e vídeos de fertilização in vitro espontânea, ICSI e PGT.
Ao Dr. Roger Molinas, do Paraguai, por: Vídeos de aspiração folicular e transferência de embriões
Dr. Javier Crosby, do Chile, para: Imagens de diferentes estágios do desenvolvimento embrionário in vitro
Dr. Yasuyuki Mio, do Japão, por seu vídeo do desenvolvimento embrionário in vivo.
Agradecimentos especiais são devidos à indústria que fornece o apoio financeiro tão necessário para manter o Registro Latinoamericano como a espinha dorsal dessa cooperação internacional que hoje inclui 16 países e mais de 200 instituições colaboradoras, do México, no norte, ao Chile, no extremo sul.
