Como pode ser visto neste capítulo, independentemente da idade da mulher, o número de óvulos gerados influencia a probabilidade cumulativa de gravidez.
De fato, existe uma relação direta entre o número de óvulos gerados e a possibilidade de ter um filho. Essa pergunta pode ser respondida de duas perspectivas.
As mulheres que conseguem gerar poucos óvulos geralmente produzem óvulos e embriões de qualidade biológica inferior, o que significa que, uma vez fertilizado (zigoto), tem menos chance de atingir o estágio de blastocisto (blastulação). Em outras palavras, esses embriões têm uma chance maior de morrer antes do quinto dia de desenvolvimento. Por outro lado, as mulheres que conseguem gerar mais óvulos têm uma chance maior de gerar vários blastocistos e, portanto, têm mais oportunidades de transferir embriões congelados obtidos de uma única aspiração.
Conforme mostrado na Figura 15, as mulheres que conseguem produzir menos de 7 óvulos têm chances significativamente menores de ter um filho; e ter menos de 4 óvulos torna as coisas ainda mais difíceis. Por outro lado, a melhor chance é quando o número de óvulos oscila entre 11 e 20, para que se possa gerar mais blastocistos e ter uma chance cumulativa maior. Ou seja, somando a chance de ter um filho com a transferência de um embrião a fresco e, se não engravidar, aumentando a chance com a transferência dos embriões congelados.
Figura 15. Probabilidade cumulativa de parto de acordo com o número de oócitos recuperados na aspiração folicular. América Latina 2017-2020